Eis que depois de um tenebroso inverno, cá estou eu para atualizar esse abandonado espaço virtual. Confesso que minha ausência se deve a pouca “audiência” que eu tive. Afinal, você leitor virtual, tem muito mais o que fazer do que dedicar alguns minutos lendo um pretensioso escritor iniciante com suas idéias obsessivas. Paciência. Por acreditar que ainda tenho algum leitor, estou aqui para escrever para esse solitário ser.
Quero falar hoje sobre o fato político mais importante do ano que ocorreu na ultima semana. Não, não é nada relacionado ao nosso brilhante presidente ou aos nossos laboriosos deputados. Em absoluto. Vim falar sobre a vitória do primeiro negro, vindo de família pobre, que irá governar a ex-maior nação do mundo. Ah como eu os invejei. Invejei cada voto, cada momento da festa americana para Barack Obama.
Minha inveja se justifica plenamente. Gostaria muito que Obama fosse brasileiro e eleito presidente. O Brasil só será o verdadeiro Brasil quando tiver um negro no poder máximo da nação. Enquanto isso, será o anti país. Obama seria a representação mais fiel de cada brasileiro e transformaria o país num lugar menos abjeto como atualmente o é.
Agora imaginem o que diriam as esquerdas, que elegeram um torneiro mecânico com instrução até o primeiro grau, presidente. Imaginem o quanto festejariam o nosso negro presidente? Pois eu vos digo que elas, as esquerdas, o sabotariam de todas as maneiras. Todos os possíveis erros que cometesse o nosso negro presidente seriam hiperbolizados. Isso porque somos uma sociedade hipócrita, que teima em ter um sistema de cotas para negros, mas não se preocupa em dar a eles uma condição mais digna de viver, um ensino decente. Os negros que se contentem com a esmola oficial, legitimada pelo consenso da sociedade.
O Brasil vive um apartheid silencioso, maquiado pela adoração a alguns negros brilhantes, como Pelé e Machado de Assis (sim, ele era negro). No mundo, o negro vem se destacando. Um negro é campeão de Formula 1, um esporte extremamente elitizado e, ainda, a partir de 2009, outro negro comandará a ex-superpotência mundial. Enquanto que no Brasil, só haveremos de ser uma nação autêntica quando cada brasileiro tornar-se um Obama de suas próprias vidas.
Obrigado, leitor, por chegar até o final.