Esse caminho pelo qual pretendo me enveredar é um túnel sem luz ao cabo. Uma experiência de quase morte sem oxigênio bastante para respirar. Normal seria prestar algum concurso público ou entrar em alguma grande coorporação. Mas meus genes e entranhas não permitem isso. Prefiro caminhar pela arte e, se eu morrer na sarjeta, seria patético, mas nada improvável. Tenho ainda a minha juventude para viver e essas idéias podem parecer idealismos delirantes inerentes à idade. “Com o tempo passa” diria alguma tia de crochê.
Hoje estou inaugurando um novo espaço virtual. Nele vou deixar um pouco sobre o que eu penso. Ainda nem faço idéia se encontrarei leitores. Aliás, essa palavra vem se tornando um palavrão, uma obscenidade. O camarada que chega a um grupo de amigos e comenta a ultima crônica do Jabor, decerto vai ouvir: “Ah, aquele que fala no Jornal Nacional”.
Eis o drama, meus caros. A verdade está dita, mas não serei prolixo. Vou tentar explicar sem ser auto explicativo (para o alívio de alguns). Os meios de comunicação de massa cozinharam os cérebros dos brasileiros durante 50 anos. O intuito dessa lavagem é ainda mais cruel. A TV é um salmo responsorial, onde o telespectador afundado em seu sofá faz o sinal da cruz a cada “Boa noite” do William Bonner. De carona com a TV, vem a Internet onde pipocam os banners, flogs e outros afins imagéticos. A grande rede teria uma tábua de salvação: a interatividade. Hoje o homem se vê diante do desafio de receber um impulso e responder na mesma força e proporção.
Desafio: essa é a palavra. Depois de décadas de passividade, somos impelidos a nos travestir de opiniões e colocar algo para o mundo. Cada um tem que ter a sua pose, o seu Marx de bolso. Mas eis o drama maior. O brasileiro não sabe ler, e, por conseqüência, fica mudo como uma estátua de Michelangelo diante do “parla!!”. Assim, vemos um grande lixo virtual produzido pela nossa massa iletrada. Aqueles que têm acesso à grande rede criaram uma língua que deve ser qualquer outra, menos o nosso Português. Escarram, execram sobre a nossa gramática. E o mais assombroso é que às vezes o fazem não por desconhecimento das normas, mas por uma questão de afirmação social perante os amigos.
Por isso foi criado esse hiato para ser lido com os olhos e com os dedos. Um espaço onde o brasileiro pode ser sim “O leitor” sem maiores vergonhas. Aqui falaremos de assuntos intrínsecos como sociologia, política, artes e até futebol. E você poderá (e deverá) deixar sua opinião. Mas, cuidado, acesse-o tarde da noite. Coloque entre os “Favoritos” disfarçando o nome, como “Safadinhas da net”. Não se avexe. Mas lembrem-se, ler é a arte de reler.
Hoje estou inaugurando um novo espaço virtual. Nele vou deixar um pouco sobre o que eu penso. Ainda nem faço idéia se encontrarei leitores. Aliás, essa palavra vem se tornando um palavrão, uma obscenidade. O camarada que chega a um grupo de amigos e comenta a ultima crônica do Jabor, decerto vai ouvir: “Ah, aquele que fala no Jornal Nacional”.
Eis o drama, meus caros. A verdade está dita, mas não serei prolixo. Vou tentar explicar sem ser auto explicativo (para o alívio de alguns). Os meios de comunicação de massa cozinharam os cérebros dos brasileiros durante 50 anos. O intuito dessa lavagem é ainda mais cruel. A TV é um salmo responsorial, onde o telespectador afundado em seu sofá faz o sinal da cruz a cada “Boa noite” do William Bonner. De carona com a TV, vem a Internet onde pipocam os banners, flogs e outros afins imagéticos. A grande rede teria uma tábua de salvação: a interatividade. Hoje o homem se vê diante do desafio de receber um impulso e responder na mesma força e proporção.
Desafio: essa é a palavra. Depois de décadas de passividade, somos impelidos a nos travestir de opiniões e colocar algo para o mundo. Cada um tem que ter a sua pose, o seu Marx de bolso. Mas eis o drama maior. O brasileiro não sabe ler, e, por conseqüência, fica mudo como uma estátua de Michelangelo diante do “parla!!”. Assim, vemos um grande lixo virtual produzido pela nossa massa iletrada. Aqueles que têm acesso à grande rede criaram uma língua que deve ser qualquer outra, menos o nosso Português. Escarram, execram sobre a nossa gramática. E o mais assombroso é que às vezes o fazem não por desconhecimento das normas, mas por uma questão de afirmação social perante os amigos.
Por isso foi criado esse hiato para ser lido com os olhos e com os dedos. Um espaço onde o brasileiro pode ser sim “O leitor” sem maiores vergonhas. Aqui falaremos de assuntos intrínsecos como sociologia, política, artes e até futebol. E você poderá (e deverá) deixar sua opinião. Mas, cuidado, acesse-o tarde da noite. Coloque entre os “Favoritos” disfarçando o nome, como “Safadinhas da net”. Não se avexe. Mas lembrem-se, ler é a arte de reler.
4 comentários:
a televisão é um meio barato de entreterimento... livros são caros, escolas são ruins, faculdades pouco acessíveis... O que resta é 26% da população brasileira com nível superior de graduação....
qual a solução? talvez uma melhora de ensino, melhores e maior número de escolas, e livros mais baratos.... Seria bom se na casa de todos tivesse uma SKY!! ou um Guimarães Rosa e uma gramática do Mário Quintana... seria bom se os cinemas valorizassem os filmes nacionais, e fizessem algumas sessões gratuitas....
crise não há, porque crise é passageira... O sistema educacional do Brasil já nasceu caquético... O que resta então? o primeiro passo... que poderá ser dado por cada um de nós!!!!!
texto lindo e de alta magnitude!!! que ele possa ser lido e relido por grandes mentes pensadoras!!!
EI...
nao sou mto boa em comentarios nao tah? mas, kero deixa-lo aki, pra mostrar que leio sim, e estou adorando ler o q screva, vou confessar uma coisa, nao colocarei hiato em braile como 'Safadinhas na net' em meu favoritos nao tah? rs...acho q ninguem q ler teu blogger nao precisará disso...
preciso dizr q o texto eh lindo? logico q nao... dai, se ve o q poderemos esperar d vc ne?
kero mais vezes vir aki.....
agora sim , acho q vou poder ler artigos inteligentes....
bjao....
demorou mas agora temos coisas boas e pertinentes para ler na internet.
mandou bem PC. gostei do "head" da página.!!
Bruno Andrade
Caro amigo PC,
Vc já encontrou uma leitora: eu. Nem precisa falar que sou uma devoradora assídua dos seus textos.
É de admirar sua visão sobre as coisas, sobre o mundo... suas ideologias...
Adoro!!!
Vc vai longe com as palavras (literalmente)!
Parabens pela iniciativa!
Bjs, Camy.
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